quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Documentário- Bolsa Família

Considero impossível, tratar como imparcial, uma questão de suma importância como esta, a questão social, dependente de recursos míseros de um governo comunista e miserável, que apoia o capitalismo selvagem de uma sociedade insana, que desvalorizou valores morais e éticos em troca de apoio vermelho. Ficou claríssimo, que os recursos miseráveis e indignos que o esdrúxulo governo vermelho oferece aos que possuem baixíssimo grau de instrução. A importância deveria ser dada não à oferta financeira, mas às oportunidades que podem surgir, tanto no campo da instrução quanto no campo de trabalho. Ademais, para o governo, país rico é país sem pobreza, com um programa de 'bolsa miséria' totalmente ineficaz em suprir necessidades mínimas. Só para comparar, uma benefício de R$60,00, quando o salário mínimo é em torno de R$600,00. O que se pode fazer com isso??? Comprar 5 pães (equivalente a R$2 reais/dia = R$60,00) e um litro de leite (equivlente a R$2,69/dia = R$80,70)  todos os dias, para 5 pessoas, custa R$140,70/mês. Equivale a dizer que, dois filhos cadastrados no programa Bolsa Família, recebe R$120,00/mês, e não consegue manter 30 dias de pão e leite, em quantidades mínimas diárias.


segunda-feira, 19 de novembro de 2012

BRASIL, "bRASIL, brasil, Brazil"!!!

Quero aqui, deixar uma reflexão, usando letras de música popular brasileira de grandes intérpretes e compositores, que nos levam a pensar sobre nós, nosso país e principalmente, sobre nossa participação na sociedade, em prol do progresso. Óbvio que que o lema de nossa bandeira, "Ordem e Progresso", de verdade, é somente uma simbologia. A verdade é que, hoje (19-11-2012), dia da Bandeira, estamos em plena e franca "desordem e regresso", o que é, em uma analise teórico científica, perfeitamente explicado pela 2ª Lei da Termodinâmica, se fosse o caso. Tamanha é a hipocrisia do Estado, que faz vistas grossas para determinados fatos e se aplicam vigorosamente em outros de menor importância. A Constituição Federal já estabeleceu de maneira irrevogável sobre os direitos civis dos relacionamentos em diversas esferas das pessoas com o Estado e para com os diversos nichos sociais. Por exemplo: não é, e nunca foi necessário estabelecer uma lei que complemente as questões raciais. Entretanto, por conta da 'não conscientização' das pessoas, isto é, por 'falha' do Estado na introdução correta de políticas adequadas sobre a formação intelectual e ética dos indivíduos, hoje o parlamento brasileiro se aplica em criar 'lei da lei', ou lei que regule a lei, e assim por diante. Ora, já é irrevogavelmente estabelecido na Constituição, que TODOS são iguais - ponto. Fica, então, difícil compreender, tais práticas, tais políticas e a aceitação de tudo. Usam lei que regula a questão racial, para, nos mesmos moldes, estabelecer uma lei para as uniões homoafetivas. Agora, em plena 2ª década do Século XXI, o Ministério Público aventou a possibilidade de retirar das notas de Real a frase "Deus seja louvado", alegando ato de laicidade. Ótimo! Seria plenamente justo, para com a Constituição e para com o Estado Laico de Direito, que, o mesmo Governo, hipócrita, banisse também, todos os feriados santos e religiosos! É Justo, usando 'mesmo peso, mesma medida'.  Quem é mais hipócrita: o Governo, que faz vistas grossas ou, o povo, que é contrariado, mas por medo, adere? 
Será que o vamos ter que ser 'tolerantes' à tolerância à corrupção, e, até quando? Violência??? Há quem afirme veementemente, usando um discurso 'matemático', para a população, de que não há com o que se preocupar, pois tudo esta sob controle, mas o que estamos assistindo, de camarote é a falência da autonomia do Estado em questões pró-humanistas, quando estamos vivendo o ápice da desmoralização ética, cívica, moral e política do país "...E o contrabando/E um bando de gente/Importante envolvida.../Juram que não/Torturam ninguém/Agem assim/Pro seu próprio bem..." (Alvorada Voraz - RPM).  Será que vamos ficar calados para sempre, ou será que votaremos a gritar " Brasil, mostra sua cara/quero ver quem paga/pra a gente ficar assim..." (Brasil - Gal Costa). Fica sempre a pergunta: " ...Que país e esse...?" E até quando vamos ter que ver, ler e ouvir que há, "Nas favelas, no Senado, sujeira pra todo lado/ ninguém respeita a Constituição/mas todos acreditam no futuro da nação..."? (Que País é Esse - Renato Russo/Legião Urbana). Talvez, estejamos sempre, nós, omissos também, em ficarmos inertes. Nossa atitude é sempre aderir à filosofia  de seguir "Caminhando e cantando/e seguindo a canção..." (Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores - Geraldo Vandré), mas nos esquecemos de que podemos dizer pra nos mesmos: "aprendi a dizer não" (Disparada - Geraldo Vandré), em meio a um país de miséria imperante, "...Pelos campos há fome em grandes plantações..."(Pra Não Dizer Que Não Falei das Flores - Geraldo Vandré). Qual país é este? Que bRASIL é este?  É um 'brasil' com 'b' minúsculo, onde a imponência está nos discursos e na propaganda pró-Estado. É o 'brasil' da Copa, do futebol...mais ainda, é o Brasil da "...miséria, miséria em qualquer canto/riquezas são diferenças..." (Miséria - Titãs). Brasil onde a segurança tem valores inversos e não existe a "...Polícia para quem precisa..." (Polícia - Titãs), onde existe sim, um governo moderno que humilha e execra seu povo, como se fosse "...homem primata..." vivendo em numa "...selva de pedra..." e sendo oprimido pelo "...capitalismo selvagem" (Homem Primata - Titãs). O Estado, como se se compadecesse de nós, nos oferece paliativamente, um "...alivio imediato...", mas continuamos nos escondendo em nosso país, teoricamente, "O melhor esconderijo...", mas onde há "...a maior escuridão..." que "...já não servem de abrigo..." e, tampouco, "...já não dão proteção..." (Alívio Imediato - Engenheiros do Havaí). O fato é que, ainda, continuamos no Brasil, onde há sujeira pra todo lado, mas, ainda pior, onde silenciosamente, hoje temos que gritar: BRASIL, "...a tua piscina tá cheia de ratos/tuas ideias não correspondem aos fatos..." (O Tempo Não Para - Cazuza). "Brazil zil zil zil zil..."

Artigo escrito por: Dermeval Reis Junior
EMAIL/MSN: drj.fcr.epm@hotmail.com

terça-feira, 2 de outubro de 2012

POR QUÊS DA VIDA

Fazendo uma simplória análise de algumas questões pertinentes à tolerância e à pluralidade, sob aspecto social, na era PT é possível tirar algumas conclusões, um tanto óbvias, usando o mesmo peso e a mesma medida. O governo se julga pluralista, isto é, a favor de liberdade plena a todas as pessoas, independente de sua cor, raça, opção sexual ou religiosa. Pois bem, é notório que a polêmica criada em torno do PL 122, que é conhecido como 'lei da homofobia', ficou muito bem caracterizada, tanto para o lado parlamentar concernente ao governo PTista e as classes ativistas favoráveis ao tal projeto de lei, quanto para os grupos contrários, que, de verdade, agrupam cristãos e conservadores de direita. Há de se mencionar, também, que já em várias pesquisas divulgadas, embora muito se mantiveram em silêncio, de fato, a sociedade é, em maioria, contrária a aprovação da tal projeto de lei.  O PT, desde que Marta foi prefeita de São Paulo, iniciou o processo de oferecer a grupos minoritários de preferencia homoafetiva, liberdades de manifestações afim de que, não sei porque, fossem "reconhecidos". Ora, A sociedade sempre viveu em harmonia dentro dos princípios morais nos diferentes grupos, durante muitas e muitas décadas. Com o advento da modernidade, ficou bem evidente que a ideologia ('socialista') comunista sob a qual todos os partidos de esquerda são formados, estava começando a permear os limites do natural, comum e do normal. Como se não bastassem, romperam as barreiras sociais do respeito mútuo, que havia naturalmente dentro da sociedade e iniciaram um processo de cobrança da sociedade, por um "reconhecimento". Afinal, que reconhecimento??? Todos nós, somos, diariamente expostos em todos os lugares, gente com gente, de todas as raças, cores, religiões e  gêneros. Todos sempre se respeitaram. Todos os casos de violências sempre foram profundamente investigados. Então, o negro, que venceu a luta pelo preconceito racial, agrupou-se em instituições em defesa e manutenção destes direitos, que, merecidamente estão garantidos irrevogavelmente na Constituição Federal de 1988. Aliás, fazendo jus à todas as classes sociais, este mesmo artigo da Lei constitucional, estende as mesmas garantias de direitos à qualquer outra classe social, mesmo àquelas que nem existem, e que por ventura possam vir a serem criadas. Sendo então, o regime legal do Brasil, como Estado Laico, onde o que define e rege tudo é a lei, ora, façamos nosso dever como cidadãos, estamos regulados, devidamente, pela lei. Ela então, passa a ser o peso e a medida reguladora da sociedade. Como se não bastasse, então, na era Lula-PT, uma deputada petista, criou o PL 122 que regulamenta uma lei que favorece um grupo, minoritário, já regulado pela Carta Magna, em detrimento de toda a sociedade, com um texto que passa a sobreposição de vários pontos da Constituição Federal, portanto, ferindo-a, de maneira direta, inclusive de maneira incabível  pois a Constituição é, nestes artigos reguladores da ética moral e sociedade, de caráter irrevogável. Lula, permite, nos seus oito anos de governo e implantação comunista, que o projeto seja infiltrado no Congresso Nacional. Sim, digo infiltrado, porquê toda a cúpula esquerdista da base governista é ciente de que há uma massa avassaladora contra. Este projeto, usa como base, a lei antirracial, que é uma outra estratégia de poder fazer perpetuar o tal PL dentro do Congresso. Oitivas e mais oitivas foram postas em plenário da Comissão de Direitos Humanos do Congresso Nacional, por anos a fio, até que, Marta é eleita Senadora da República e, sem vacilar, retira o tal PL da gaveta e inicia-se, então toda a ressuscitação da polêmica em torno do assunto. Ora, consideremos que, ante a isto, agora, tudo o que torna alguém à exposição, é razão para ser submetido a juri por ter cometido um crime contra direitos humanos. Bom, o fato é que, em suma, o governo esquerdista, PT e seus comunistas, Lula, Dilma, entre outros, querem um estado pluralista. Mas, para isto, não querem que a sociedade seja conscientizada disso, mas querem impor ditocraticamente o ideal comunista (socialista). Então, para isto, estão reformulando e criando e aprovando leis e projetos para modificarem a Constituição Federal, e hoje, até conseguiram infiltrar na suprema corte, juízes aliados. Assim, olhou para uma pessoa gorda ou com qualquer outro problema ou não, é Bullying; olhou torto para uma pessoa que tem relacionamento ou não homo afetivo, é homofóbico; tem um filho que vai nascer com uma pequena parte do cérebro, é induzida a aborto; educar filhos, só com o que o governo determinou, pois os métodos de antigamente, agora é crime. O governo PTista é um governo pluralista que ultrapassa limites morais em todas as esferas sociais, rompe com o sossego e com  harmonia dentro da sociedade. Inverteu os valores morais, trocaram o salutar pelo insalubre. Admitem todo tipo de imoralidade, contudo, não admitem que possamos exercer nosso direito de cidadão, garantidos pela Constituição. Por que, o país da COPA deixa tanta gente com fome??? Por que, o país da COPA, envia dinheiro à CUBA e se associa com a China, dentro das relações de política internacional??? Por que, o país da COPA dá um mísero bolsa-família para gente que precisa trabalhar e sair da zona de conforto??? Por que o país da COPA insiste em deixar as favelas ao léu, incendiando, expondo inúmeras famílias ao relento??? Por que o país da COPA estimula o consumo de um povo que está sendo consumido pelo trabalho e pela inflação??? Porque o país da copa, dá um valor para o salário mínimo de 1/3 menor do que o 'bolsa reclusão', per capta, para filhos de presos??? Por que o país da COPA insiste em manter diálogos com os piores ditadores atuais, como Chavez, Moralez, Castro e Ahmadinejad??? Por que o país da COPA quer a liberdade de impor seus feitos onde se apregoa a democracia e esta, na prática não é nem de longe, exercida pelo povo??? Por que, por que, por que?

Dermeval Reis Junior
@juniordermeval
drj.fcr.epm@hotmail.com

sexta-feira, 7 de setembro de 2012

A SÚMULA DA INDIGNAÇÃO

Atualmente, tenho me surpreendido com os acontecimentos, quando olho para nosso cenário social. Na política, a cada dia mais, escândalos são explicitados de maneiras cada vez mais ousadas, mas, mais profundamente indignante, cada vez mais desrespeitosas. Os resultados dos últimos 30 anos dos novos gestores políticos e das novas gerações estão sendo refletidas agora. Provas? Bom, até os animais estão cientes disto! Tal fato se consagra diante do histórico julgamento na suprema corte do país, o famoso e polêmico 'mensalão'. Duas coisas estão ainda, atreladas a isto: (1) a Educação e, (2) a qualidade dos nossos Ministros do Judiciário.Na educação, estamos sofrendo com o péssimo nível de ensino, pelo qual o país atravessa. Não há incentivo do governo, de forma alguma. Tal fato levou professores de mais de 60% das universidades do país à greve. A falta de investimento em educação, também quer dizer investimento no corpo docente do país. Ouvimos há tempos, lamentavelmente, o Governador Geraldo Alckmin, dizer à imprensa que, se o professor quiser ganhar bem, que opte por lecionar no ensino do setor privado. Ora, por ser 'tucano' e carregar a má fama de fazer parte do grupo que mais privatizou no país, não é impactante que ele, um tucano, mencione isto. Aliás, é uma forma de 'reforçar' a ideologia do partido tucano, o qual é membro. É lamentável que haja ideologias que deixem a educação jogada às traças, num canto, empoeirando, enferrujando. Isto, mostra claramente, que não estão dando a mínima para a sociedade ter uma progressiva massa de intelectualização iminente no país, mas, mostra que querem deixar esta sociedade, néscia e incauta. Os que se sobressaem, ou parte deles, que, são minoria, são sofredores que atingem algum grau de colocação profissional, qualificado ou não, diplomado ou não, 'vendendo o almoço para comprar o jantar', no linguajar vulgar. Quanto ao judiciário, é lamentável, que as cabeças que proferem as sentenças estejam influenciadas pelas inúmeras popularidades e modismos da pós modernidade, se esquecendo que os valores éticos e morais são os reguladores e guias na atribuição conceitual de suas interpretações, cujas sentenças são determinadas. Tive aflorada, minha indignação, quando ouvi alguns Ministros do STF usarem poemas de contexto erótico e erógenos, que arremetem à sensualidade, para julgarem processos, já que a Lei não foi capaz de 'convencer', nem as partes processuais, nem a cabeça dos sentenciadores, num país onde é, constitucionalmente estabelecido que a nação é regida pela lei, o que caracteriza o Estado Laico. O pior, após este lamentável ocorrido no STF, é ter que nos 'calarmos' diante da clara situação em que, um dos juizes, Ministro do STF, foi indicado pela Presidente da República, foi advogado do partido da Presidente, do ex-presidente antecessor e fez parte da assessoria da Casa Civil, por conta de ter influências com um dos 'grandes' do mesmo partido político. De fato, para ser um juíz a ocupar um cargo de Ministro da Suprema Corte, um dos pré-requisitos mais importantes é ter 'notório saber'. Aí, neste ponto, minha indignação atinge o auge: este juíz, indicado, praticamente pelo partido ao qual advogou, foi reprovado em 2 concursos de nível estadual, o que, demonstra que ele, de forma alguma tem o pré-requisito indispensável, o Notório Saber!!!! Obvio, este ministro selou, com chaves de ferrugem, um voto contra a sociedade brasileira, absolvendo os componentes principais, os réus do mensalão. Na esfera religiosa, minhas crescentes indignação e preocupação são intensas. São notórias várias qualificações, principalmente no meio cristão protestante. Líderes surgindo em cada esquina, com discursos sedutores aos fracos. A hipocrisia sendo cada vez mais evidente e eficaz. Líderes despreparados, desapegados da sã doutrina, que observam o mercantilismo em nome de DEUS, numa concorrência mortal. As vistas grossas das autoridades quanto às graves situações das periferias das grandes cidades. O governo incentivando o consumismo, o povo se endividando, os índices de educação caindo, os de desemprego, amentando, junto com o de inadimplência. Que vida é esta? Quem estamos colocando para nos governar? Ou seria, para nos 'escravizar'? 

Dr. Dermeval Reis Junior
Pesquisador em Medicina
Estudioso em Filosofia/Teologia
e-mail: drj.fcr.epm@hotmail.com

sexta-feira, 15 de junho de 2012

POBRE DE NÓS

O que tem sido visto no Brasil, nos últimos 10 anos, durante toda a regência facista do governo do PT, por meio do Lula e da Dilma, é algo estarrecedor. Escândalos de corrupções em série, "serial corrupters", tanto na gestão Lula quanto na gestão Dilma. Ofertas de auxílio financeiro internacional têm sido propostas pela atual gestão, enquanto a camada pobre, continua pobre. Há uma exorbitante diferença entre o tipo de alimento oferecido aos presidiários e o oferecido aos estudantes. O alimento dos presidiários é muito mais nutritivo, enquanto o das escolas não passam de uma verdadeira 'gororoba'. Como se não bastasse isso, o governo criou programas de 'auxílio' chamados 'bolsas'. Até nestes programas, o presidiários têm vantagens, pois há uma espécie de auxílio que é oferecido pelo governo, por filho, do presidiário, enquanto que os demais auxílios do programa é para a família e, diga-se de passagem, mal dá pra manter a dispensa com itens básicos de alimentos, durante o mês. O governo tem aplicado profusão em melhoras na economia brasileira, sim, mas só na direção do consumismo. Não há ofertas balanceáveis que permitam maior aquisição dos recursos, para que o consumismo se torne seguro. Não, o que o governo oferece é linhas de crédito a baixas taxas de juros e expõe a maioria à compromissos financeiros a prazos longos, sem dar garantias de que sua estabilidade profissional também terá o mesmo prazo, em segurança, afim de manter um ajuste justo. O pensamento do PT é acabar com os recursos do brasileiro, esgotanto, paulatinamente...trabalham sempre com o velho dito popular: 'abrem um buraco para tapar outro'. Lula deu sinais de 'afinidade' ao Irã, à Bolívia, à Venezuela, ampliou as relações com a China. Dilma, deu sinais de afinidade com Cuba. Agora, parece que há uma espécie de acordo, e diga-se de passagem, muita coisa em segredo, o que me faz pensar em 'sociedades secretas'. Dilma não consegue firmar alguns acordos na China, Cristina Kirchner sofre, ao mesmo tempo, algumas represálias na Argentina, enfim, acho que houve alguma 'estação fora de sintonia', não divulgada, não comentada. O Brasil vive, segundo publicam, falam, defendem, a maior e melhor fase da 'liberdade de imprensa', isso porque o jornal O Estado de São Paulo está censurado pela família Sarney há mais de 2 anos. Democracia mesmo? Liberdade de imprensa mesmo? Onde? Não fosse só isto, Lula planejou e divulgou o famoso PNDH-3, que, pelo seu conteúdo, é o maior projeto de destruição dos valores morais e éticos de uma sociedade, em todos os sentidos. Este projeto de destruição vem sendo paulatinamente aprovado, item a item, mostrando que a Constituição Federal, que é de caráter irrevogável, têm sido rasurada, rasgada e ignorada, por uma 'ditadura democrática' de expressão. Eu chamo de 'AI-6', o primeiro Ato Intitucional da democracia ditatorial opressora do PT, após o AI-5, da ditadura militar. Neste programa, PNDH-3, reza que todos os valores sociais estão sendo invertidos de forma bizarra, calando a boca da sociedade, obrigando-a a concordar, por força de lei, com aquilo que moralmente é impossível de se haver concordância, legalizando drogas, atos espúrios, como aborto, desnaturalizando radicalmente os relacionamentos afetivos e impondo uma política de 'lavagem cerebral' desde o grupo escolar, desta política, às crianças, para que tenham uma formação bizarra e seus conceitos sejam pré-estabelecidos e sejam inseridos no eu caráter intelectual em formação. Tudo isto, é o início de degeneração da sociedade, cuja base é a família. Estão incutindo na formação intelectual a política 'antiteocêntrica'. Isto, 'per se' já é uma forma de contradizer todo o plano democrático e 'preconceitualizando' valores sociais culturais naturais. O PT quer modificar a natureza, dentro dos valores morais e éticos, estabelecendo uma política contrária a tudo o que é natural, normal e benéfico, considerando tudo isto desnecessário e mostrando que os valores contrários são necessários, normais e benéficos, por conta de uma política de 'liberalidade libertina'. Pobre de nós.

Dr. Dermeval Reis Junior
Estudioso em Filosofia e Teologia
Cientista em Medicina.

Twitter: @juniordermeval

sexta-feira, 6 de abril de 2012

O VERDADEIRO SENTIDO DA PÁSCOA.

ESTE ESTUDO FOI REPRODUZIDO, PORTANTO, COM A DEVIDA CITAÇÃO DA FONTE, NA SUA ÍNTEGRA, APÓS O TEXTO. 

 
O nome que a Bíblia Hebraica usa para denominar “páscoa” é "pesach". Com a palavra "pesach" o texto bíblico quer significar duas coisas: o ritual ou celebração da primeira festa do antigo calendário bíblico (Ex 12.11,27,43,48);
a vítima do sacrifício, isto é, o cordeiro pascal (Ex 12.21; Dt 16.2,5-6).
Na Bíblia, o nome de uma pessoa ou instituição é sempre um dado importante para se conhecer o que eles são e o que representam. O nome não é um simples rótulo, uma etiqueta ou uma fachada publicitária, mas ele exprime a realidade do ser que o carrega e representa. Assim é o nome “páscoa”.
O substantivo pesach/páscoa vem da raiz verbal psh que aparece três vezes nos relatos pascais (Ex 12.13,23,27; ler também Is 31.5; 1 Rs 18.21,26). Assim, o verbo pasah passar por cima, saltar por cima é o significado que prevalece nos usos deste termo pelos escritores e escritoras da Bíblia. O Prof. Luiz Roberto Alves assim definiu o termo pesach/ páscoa: “O verbo que dá base ao substantivo pesach tem o sentido de salto, movimento, caminhada, travessia. Todas as palavras têm história e essa história corresponde às ações dos homens e mulheres. Os hebreus juntaram à idéia do pesach vários acontecimentos ligados à idéia de travessia” (Expositor Cristão, 2a. Quinzena, 1984,p. 12). 

A origem da Páscoa 

Falar de origem da Páscoa é entrar no campo das suposições, pois não há dados suficientes que ajudam a esclarecer sobre essa celebração no período pré-mosaico. Todavia, os textos do Antigo Testamento fornecem indicações que a Páscoa, em suas origens, foi um ritual ou cerimônia que incluía as seguintes características:
a) O ritual era realizado no seio da família ou clã; não tinha altares, santuários e sacerdotes ou qualquer influência do culto oficial;
b) Era celebrado por pastores nômades ou seminômades;
c) O ato central desse ritual era o sacrifício de um jovem animal do rebanho de cabras ovelhas;
d) A cerimônia ocorria no fim da primavera e início do verão (mês de abril), numa noite de lua cheia;
e) O ritual da celebração pascal incluía as seguintes etapas:
- Retirava-se o sangue do animal,
- Ungia a entrada das cabanas com o sangue do animal,
- Assava a carne do animal,
- Com a carne assada, fazia um grande banquete para a família reunida,
- O banquete oferecido incluía a presença de pães ázimos ou asmos, ervas amargas nascidas no deserto,
- A celebração da Páscoa exigia dos participantes desse ritual as seguintes
posturas:
Ter uma atitude de marcha e pressa,
Usar vestimenta para viagem,
Ter as vestes amarradas na cintura,
Atar as sandálias nos pés,
Ter o cajado de pastor na mão.
f) Parece que o objetivo dessa cerimônia era pedir proteção divina, para a família e o seu rebanho de animais menores contra o exterminador (no hebraico, maxehit – Ex 12.13, 23) ou saqueador, bando de destruição (1 Sm 13.17; 14.15; Pr 18.9). O exterminador maxehit pode ser qualquer tipo de agressor, desgraça, enfermidade, peste ou acidente que poderia ocorrer com qualquer membro da família ou os seus animais.
g) Provavelmente, esse ritual foi celebrado por Abraão, Isaac e Jacó, pois eles eram pastores. A cada ano, na primavera, quando o vento quente do deserto, anunciando o verão, atingia e queimava as parcas pastagens das ovelhas, os pastores, suas famílias, bem como os seus rebanhos eram obrigados a buscar outros lugares para dar de comer as suas ovelhas.
A Páscoa celebrada pelos israelitas: da sedentarização até o início da Monarquia (1200 – 1040 a.C.). Evidentemente que o sistema de vida dos israelitas mudou substancialmente após a chegada a Canaã. 
a) O povo israelita deixou de ser semi-nômade e deu início ao processo de sedentarização. Paulatinamente, o povo foi se tornando agricultor, embora parte dele continuou na vida pastoril, especialmente, as clãs que permaneceram vivendo nas localidades periféricas do território da terra de Israel.
b) Ao se fixar nas terras agrícolas, os israelitas aproximaram-se dos cananeus. Foi aí que o povo do êxodo conheceu algumas festas relacionadas ao mundo agrícola. Entre essas instituições estão as festas agrícolas, como Ázimos, Semanas e Colheitas.
c)Foi nesse período de difícil adaptação que se dá a integração da Festa dos Pães Ázimos e a Páscoa. As duas celebrações ocorriam no mesmo período.
d) No período entre a chegada do povo israelita à Canaã e a sedentarização ocorreu uma profunda transformação no significado da Páscoa.
O conteúdo e a forma da cerimônia da primitiva da Páscoa já não respondem as condições de vida atuais do povo israelita. Exigiam-se modificações. Apesar da Páscoa manter boa parte de seu antigo ritual, o povo israelita procurou encontrar outros motivos para a celebração. A cerimônia continuou a ser celebrada em família, mas a Páscoa deixou de ser um ritual ligado à troca de favores divinos, para tornar-se uma memória da ação de Deus, salvando o povo hebreu da escravidão. 
e) O mais primitivo ritual da Páscoa encontra-se em Êxodo 12.21-28.

Estudo Bíblico: Ex 12.21-28

I. Instrução de Javé para Moisés e Aarão – v. 21-27a.
1. Introdução: Moisés convocou todos os anciãos de Israel e disse-lhes:
2. A instrução para a missão de Moisés e Aarão – v. 21b-27a.
2.1. Instruções para a Páscoa – v. 21b-22
Tirai, 
Tomai um animal do rebanho segundo as vossas famílias e
Imolai a Páscoa.
Tomai alguns ramos de hissopo,
Molhai-o no sangue que estiver na bacia, e
Marcai a travessa da porta e os seus marcos com o sangue que estiver na bacia;
Nenhum de vós saia da porta de casa até pela manhã

2 – Razão para celebrar a Páscoa – v. 23

e Javé passará para ferir os egípcios;
e quando Ele vir o sangue sobre a travessa,
e sobre os dois marcos,
Ele passará adiante dessa porta,
e Ele não permitirá que o exterminador entre em vossas casas para vos ferir.

3 – Ordem para a celebração da Páscoa – v. 24-25

Observareis esta determinação como um decreto para vós
e para vossos filhos, para sempre.
Quando tiverdes entrado na terra que Javé vós dará, como disse,
Observareis este rito.

4 – Explicação sobre a festa e o significado no nome ´páscoa` – v. 26-27a.

Quando vossos filhos vos perguntarem: “Que rito é este?”
Respondereis:
“É o sacrifício da Páscoa para Javé
que passou adiante das casas dos filho
Então o povo se ajoelhou
e se prostrou.
Foram-se os filhos de Israel
e fizeram isso, como Javé ordenara a Moisés e a Aarão,
assim fizeram.

Comentando:

A forma literária com a qual este ritual foi elaborado é perfeita.
Primeiro, o texto mostra Moisés convocando os anciãos do povo, a mando de Javé (conforme Ex 12.1), para preparar a festa da Páscoa (v. 21b-22).
Segundo, Moisés instrui, com detalhes, os anciãos para preparar os elementos que comporiam o ritual (v.21b-22).
Terceiro, Moisés fornece as razões para aquele ritual, bem como o uso do sangue de uma ovelha e o hissopo (planta aromática – Nm 19.6; Sl 51.9): o motivo da festa é afugentar o medo do vento exterminador que ameaça as casas do povo hebreu (v. 23).
Quarto, a ordem para celebrar a Páscoa tem uma dimensão profética. A Páscoa vai além da contagem do tempo humano, cronológico. A celebração não encerra um simples agradecimento, pela libertação da escravidão e a concessão da terra para morar, criar a família e plantar para obter o alimento. A celebração possui a dimensão profética da contínua presença salvadora de Deus junto ao seu povo. Jesus captou essa amplitude da celebração quando disse: “Fazei isso em memória de mim… até que Ele venha” (1 Co 11.24b e 26b).
Quinto: os versos 26-27a providenciam a explicação do nome “Páscoa” para as gerações e gerações de salvos da escravidão. Com isso, o texto bíblico quer mostrar que essa celebração da Páscoa possui uma novidade. Ela não é mais dominada pelo medo do Faraó ou dos outros possíveis “exterminadores” que possam haver nos caminhos do povo de Deus. A celebração da Páscoa, do povo liberto e instalado na terra de Canaã, passa a ser marcada pela alegria e certeza da presença de Deus entre o povo liberto e salvo.
Sexto: os versos 27b-28 assinalam o cumprimento da ordem divina para celebrar a Páscoa.

Observações

(1) A prescrição sobre a celebração da Páscoa (Ex 12.21-28) é legitimada pelo editor do livro de Êxodo. Assim, o cabeçalho deste capítulo (Ex 12.1) afirma que a prescrição da Páscoa (12.21-28) é autorizada por Javé. Eis a sua lógica:
Javé comunica a Moisés e Aarão;
Moisés e Aarão ouvem as ordens de Javé;
Moisés e Aarão obedecem e comunicam aos anciãos de Israel.
(2) A celebração continuava a ser celebrada em família. A Bíblia ensina que a família constitui o fundamento para o projeto de sociedade que Deus propõe para a humanidade.
(3) Foram mantidos vários elementos na celebração: ovelhas e ramos de hissopo (erva aromática). Evidentemente que houve algumas modificações, em razão da nova situação de vida do povo, agora, vivendo em Canaã.
(4) Todavia, a antiga Páscoa foi “relida” e “re-significada”. O antigo culto dos pastores semi-nômades possuía a função de controlar as forças da natureza. Por exemplo, os povos anteriores aos hebreus acreditavam que oferecendo em sacrifício o filho primogênito, poderia controlar a bênção e a ira divina. Como na cerimônia da primitiva páscoa, os pastores acreditavam que poderiam amenizar a ira divina do “vento destruidor”.
(5) Na verdade, o povo bíblico tomou antigos costumes dos povos vizinhos e os converteu em instrumentos de preservação e ensino da fé. No caso da Páscoa, o povo bíblico tomou uma cerimônia pagã, que girava em torno de uma magia, e a transformou em um sinal da presença salvadora de Javé. Em outras palavras, a nova celebração da Páscoa mostra que a fé não é um dado doutrinário ou mágico, mas um gesto história de Javé.
IV – Da sedentarização do povo de Israel ao período monárquico.
Após os acontecimentos que envolveram a saída do Egito – a difícil caminhada pelos desertos, os muitos “sinais e maravilhas” realizados por Javé e o cumprimento da promessa de “uma terra que mana leite e mel” – o povo bíblico juntou à idéia da Páscoa aos acontecimentos acima descritos. A Páscoa dos nômades deixou de ser uma cerimônia mágica que procurava afugentar o medo do “exterminador”, que se supunha estava próximo, para se tornar uma afirmação concreta da plena liberdade que Javé dá.
Foi nesse momento que o povo bíblico tomou consciência que a sua fé em Javé não era uma formalidade a mais entre os povos do Antigo Oriente. Javé não é definido pelo seu ser, mas pela sua atuação na história: Ele ouviu o grito angustiado dos/as escravos/as do Egito e providenciou os meios para a libertação deles (Ex 3-4);
A celebração da Páscoa, agora reformulada e “re-significada”, passa afirmar que a fé bíblica é histórica, e que tem seu fundamento nos acontecimentos salvíficos relatados nos livros de Êxodo, Números e Deuteronômio, especialmente;
O outro ritual da Páscoa, relatado em Êxodo 12.1-14, provavelmente, representa a segunda forma litúrgica mais primitiva, entre todas incluídas no Antigo Testamento. Ao tornar-se sedentário, o povo de Israel mudou substancialmente seu sistema de vida:
de escravos tornaram-se livres;
de pastores tornaram-se agricultores;
de semi-nômades tornaram-se sedentários.
A história da salvação do Egito não é ensinada, nas casas e nos cultos, como uma doutrina, mas como um fato histórico, isto é, um milagre de Deus ocorrido na história de seus pais;
A fé em Javé, através da celebração da Páscoa, tornou-se uma força transformadora;
do medo à coragem;
da magia a atos concretos da atuação de Javé;
da escravidão à liberdade.
O nome da festa, pesah saltar – o saltar do vento destruidor, demoníaco – passa significar, em conexão com a história de libertação dos hebreus, passar por cima de, saltar para a liberdade;
O sacrifício de um cordeiro deixa de ser um simples sacrifício de sangue para se tornar uma memória dos atos salvíficos de Javé. Por isso, a celebração da Páscoa passa a ser prescrita como “um Páscoa para Javé”.
V – A Páscoa no período monárquico.
Há silêncio sobre a celebração da Páscoa, exceto o profeta do Reino do Norte Oséias que critica o povo pela ausência da celebração Os 12 ).
VI – Da celebração caseira para a cerimônia no Templo de Jerusalém.
O rei Josias (642-609 antes de Cristo) empreendeu uma ampla reforma no Reino de Judá (O Reino de Israel já tinha sido destruído em 722 a.C.).
Por determinação do rei Josias, a Páscoa passou a ser celebrada, oficialmente, no Templo, em Jerusalém (Dt 16.1-8);
A reforma equipara a Páscoa a uma festa de peregrinação (ver a coleção “Salmos das Subidas” (Sl 120-134);
O gado maior (boi ) passa a ser admitido como vítima para o sacrifício;
Surgiu a permissão para cozer a vítima, em lugar de assá-la;
A memória do êxodo do Egito continuou sendo o motivo principal da celebração.
VII – A Páscoa no exílio babilônico (598-537 anos antes de Cristo)
Durante o exílio na Babilônia, o povo exilado desenvolveu a esperança de que Javé poderia libertar, de novo, Israel. Este tema é muito abordado pelo profeta anônimo do exílio, cujas palavras foram editadas no livro de Isaías, capítulos 40 a 55.
Desaparece a atividade cultual no Templo (destruído em 587 a.C.). Surge a Sinagoga e cresce a produção literária;
Volta o sacrifício da rês menor (ovelhas e cabras);
A celebração volta para a família e o ritual de sangue volta a ter o sentido de símbolo da defesa contra o “exterminador”;
Percebe-se pequenas variações na celebração:
não jogar fora algumas partes do animal sacrificado;
não quebrar os ossos do animal sacrificado;
permissão para celebrar a Páscoa no 2o. mês para quem não pôde sacrificar no 1o. mês (Nm 9.1-14);
passou a ser permitida a participação de estrangeiros.
Começou aparecer uma distinção entre Páscoa e Ázimos, como celebrações distintas:
Festa dos Ázimos: nos dias 1 a 7 do primeiro mês do ano;
Festa da Páscoa: no dia 14 do mesmo mês.

VIII – Páscoa no período Grego

Os livros de 1 e 2 Crônicas e Esdras indicam que a Páscoa preservou alguma cerimônia para o Templo, mas a refeição pascal foi mantida no templo;
O gado maior foi readmitido como parte da cerimônia;
A carne deve ser assada e não cozida;
O leigo executa o ritual de sangue (2 Cr 30.21; 35.11);
Páscoa e Ázimos voltam a integrarem-se;
O levita passa a ter um papel relevante na celebração;
A música passa a ser parte da celebração;
O copo de vinho passa a ser parte da cerimônia;
A Páscoa retornou ao Templo como parte do culto oficial, mas preservou-se a refeição para o ambiente familiar.
Resumindo
A Páscoa pré-mosaica é marcada pelo medo do exterminador maxehit. O ritual tinha algo de “magia” para afugentar os males. É bom lembrar que, nessa época, o povo sacrificava os primogênitos recém-nascidos para ganhar favores divinos (conforme Gn 22);
O povo bíblico tomou todos os costumes e práticas pagãs e os passou pelo crivo da fé javista. Tanto no sacrifício dos primogênitos (Gn 22), como no ritual da Páscoa, o povo bíblico converteu tais cerimônias às práticas e confissões de fé javistas. Em ambas situações, o medo prendia as pessoas e forçava-as a praticarem cerimônias inúteis e criminosas. Foi Javé quem abriu os olhos do povo bíblico. Este se tornou um missionário entre as nações para anunciar as boas novas: “Não temais! Eis que vos trago uma boa nova que será para todo o povo” (Lc 2.10). A Páscoa anuncia o fim do medo e, conseqüentemente, a confirmação da confiança em Deus.
A celebração da Páscoa não é uma cerimônia de nostalgia do passado; não é uma festa da saudade onde heróis e heroínas são lembrados/as por seus atos de valentia; também não é um ritual que procura romantizar o passado, lembrando e homenageando certas figuras da história.
Na Bíblia, dois verbos sobressaem-se: “lembrar” e “esquecer”. Quando a Bíblia apela para que o povo lembre dos grandes atos de Javé (conforme Ex 13.3), ela está procurando construir o futuro da nação. A memória dos grandes atos salvíficos de Deus mobiliza a fé da sociedade e fortalece o povo para esperar as boas novas do Reino de Deus. Esquecer o que Deus fez e faz significa a tragédia da humanidade.
Celebrar a Páscoa é resgatar os atos salvíficos de Deus no passado, acreditando que Ele possa fazer o mesmo, entre nós, no dia de hoje. A memória do passado salvífico – seja da libertação no Egito, seja da vida e obra de Jesus Cristo – restaura as forças dos/as crentes celebrantes para o testemunho.
Na verdade, a memória carrega o sentido de redenção, seja dos atos salvíficos de Deus, através da história, bem como a redenção das causas justas do passado. Assim, a memória resgata tanto a vida e obra de Jesus como a luta dos pobres pela dignidade de viver. Pela memória, redimimos o desejo e a luta deles. Assim, se esquecermos os desafios do povo de Deus no Antigo Testamento, os ensinos de Jesus Cristo ou os anseios justos do povo fiel, pomos a perder o sentido desses projetos. A intenção da celebração da Páscoa afirmar que cada geração de celebrante tem o dever de pôr em prática os verdadeiros e justos projetos das gerações do passado.
Estudo produzido pelo prof. Tércio Machado Siqueira, professor de Antigo Testamento da FaTeo



Por Dermeval Reis Junior
Estudioso em Teologia/Filosofia
Cientista em Medicina

quarta-feira, 28 de março de 2012

A SERVIÇO DE UM DIABO EVANGÉLICO



Temos visto recentemente algumas reportagens tanto na mídia falada, como na escrita e televisiva sobre alguns homens que de repente apareceram se dizendo pregar o evangelho da Bíblia. O cenário que, outrora era para ser religioso, espiritualista - que, espera-se, ou pelo menos esperava-se - torna-se um “campo de batalha”. No centro, como pivô, ironicamente repousa o dinheiro, ganho às custas da ignorância de gente sofrida e com a psique abalada, vivendo situações miseráveis. As argumentações destes homens são dadas “como se fossem” pela Bíblia. Utilizam-na para venderem suas palavras carregadas de ópio e sedução. Compram a fé das pessoas e lucram com as crenças depositadas em si mesmos, com suas “pregações” ludibriantes. Mostram fenômenos irreais, inverídicos nos seus nichos comerciais religiosos, os quais chamam "Templo", ou, erroneamente, "Igreja". Estes homens, verdadeiramente não sabem o que significa Igreja, Templo, Bíblia e principalmente, não sabem o que significa Evangelho. Não conhecem a essência da Bíblia, nunca tiveram respaldo bíblico para fazerem o que fizeram até hoje. Caso conhecessem, jamais utilizariam dos momentos sensíveis das pessoas, para aplicar sua injeção de veneno, que cega a visão, faz nebuloso o entendimento, chegam ao ponto de arrastarem multidões. Se tornaram ídolos e agora, são adorados por estas multidões. Isto é típico da obra de um "diabo que se diz evangélico". Sim, não se assuste, pois há isto dentro do meio onde eles cultuam tudo, menos a DEUS. Aquele que está firmado na essência da Bíblia, jamais se deixaria corromper por tipos de ideologias religiosas espúrias e escusas como estas de Edir Macedo e Valdemiro Santiago, Estevam e Sonia Hernandes, João Batista, o tal da "Tenda da Graça" e agora se intitula "Profeta das Nações", entre outros. Nem são dignos de serem considerados hereges, pois não pregam a bíblia. Na verdade, utilizam-na para ganhar dinheiro. Aplicam a técnica da neurolinguística e a multidão, sedenta por ouvir consolo para suas afliçôes, pelo alívio temporário acaba caindo como um patinho. São pessoas imprudentes dando crédito a homens são perversos, ludibriadores e sem o mínimo requinte de sentimentalismo humanitário visam a “arrecadação” dentro de suas reuniões, que mais são parecidas com um bingo, onde quem dá mais, vive mais, vive melhor. Tudo isto é uma farsa, uma mentira, uma grande enganação. DEUS não está em uma vírgula destas obras, absolutamente. É impossível ver DEUS nisto, exceto para quem recebeu o ópio destes homens, portanto, não é o DEUS de bíblia, mas o deus que estes homens pregam, aquele, deste século, o próprio diabo evangélico. Vivem uma ilusão, que, lamentavelmente, será difícil de colocar fim...Não serei aquele que irá sentencia-los, mas sou aquele, como muitos, que têm o discernimento de saber que estes homens e suas doutrinas são um verdadeiro câncer para o meio cristão e não cristão. São pessoas dignas de serem execradas, repudiadas e deixadas à mercê do seu deus evangélico mesmo. Não conhecem um mínimo de teologia, nem para se defenderem... É lamentável que tenhamos nas TVs homens falando tanta bobagem como estes e também, que muitas pessoas dão ouvidos à estes. Estão à serviço do seu deus, um diabo evangélico. 


Dermeval Reis Junior
Cristão Protestante
Estudioso em Teologia/Filosofia
Cientista em Medicina

Meus contatos: drjfcrepm@yahoo.com.br

terça-feira, 13 de março de 2012

VALORES DOS PRINCÍPIOS MORAIS E ÉTICOS EXTINTOS DERAM LUGAR À EXTRAPOLADA MODERNIDADE, LIBERTINA E LIBERALISTA FAZEM DO PAÍS DEMOCRÁTICO, UMA DITADURA COMUNISTA

Quero em poucas palavras diferenciar alguns conceitos que são confundidos dentro da sociedade atual, gerando polêmicas e consequentemente, favorecendo algumas atitudes anti sociais, vistas como modernistas, relacionados aos "princípios" e à "modernização liberalista". Toda sociedade vive (ou vivia) em função de "regras" ou "estatutos" para que seja funcionalmente harmônica e possível a todos, embora não haja igualdade social, mas sim, que todos possam ter oportunidades de convívio social, dentro dos limites que são chamados de morais, éticos e de respeito. Tudo o que fere qualquer um destes princípios, fere a sociedade. Todavia, há grupos sociais que provocam estas determinadas "mudanças" conforme desejam, não se importando com os limites e/ou consequências disto nos demais grupos sociais, ou seja, ferem a moral, a ética e o respeito e, está tudo bem, principalmente quando isto adquire magnitudes sociais ao ponto de afetar a sociedade como um todo. De forma geral, não é uma modificação ou uma "extrapolação" pontual. É a chamada "liberalidade", onde tudo pode, tudo é normal, e tudo o que não pode passa a poder, tudo o que é anormal, passa a ser normal e tudo o que for contra isto, é uma espécie de "preconceito". Assim, a sociedade acaba sendo, paulatinamente contaminada, maculada, enodada e não percebe que sua honra está sendo deslustrada por, o que pode se chamar "infâmia", embora não visto assim, mas visto como "modernização". Os princípios, proporcionalmente, perderam seu valor em função desta extrapolação, deixando a sociedade refém desta modernização. Isto ocorreu em todos os setores da sociedade. Acho até que, por uma questão de "status" social, coisas são ditas, posições são estabelecidas, decisões são tomadas. Isto, sem dúvida fere os princípios morais, éticos e de respeito da sociedade. Eu chamo isto de "libertinagem dos valores sociais" pela liberalidade das mentes imundas e desprovidas de princípios éticos e morais. Então, o que temos na sociedade de hoje, é reflexo, fruto das medidas que há décadas têm sido tomadas e que sutilmente excederam os limites morais, éticos e o respeito sociais, adquirindo uma proporção gigantesca dentro de todos os setores da sociedade, onde quem ainda conserva os princípios, é considerado radical, conservador. Radical é um termo inapropriado, conservador é um termo correto. Hoje, fala-se em legalização, ou descriminalização de uma série de coisas, atos, que há pelo menos 3 décadas eram dignas de nem sequer serem mencionadas no cotidiano social, o que hoje é justamente o contrário, sendo assuntos e manchetes diárias nos debates parlamentares, nas colunas de jornais e noticiários, entre as conversas informais, nos sites de relacionamento, enfim...Os filhos das gerações que  surgiram após os anos 80, não mais sabem o que são "princípios", todavia, seu linguajar pútrido utiliza a palavra "modernidade" como o título para se referirem aos fatos e atitudes da atual sociedade. Significa que os pais destas gerações foram contaminados pelo fermento farisaico dos que propalaram a ofuscação dos valores morais e éticos, modernizando-os por meio dos "excessos" que ferem os limites destes valores. É como um fogo que se alastra, e não há quem o controle. Infelizmente, hoje, existe dentro da sociedade indivíduos que, embora consigam enxergar isto, não consigam lutar contra. São tomados, contaminados por estas "forças" e mesmo sabendo do teor rendem seu louvor à tais práticas ideológicas. Talvez por fraqueza intelectual, talvez por temor à retaliação, enfim. Podem ser "N", os motivos. Atualmente, a legalização do aborto, da maconha, da união homoafetiva, da eutanásia são assuntos polemicamente discutidos dentro dos nichos políticos e dos direitos humanos, ficando de lado todos os que conservam os princípios morais, éticos e de respeito. Os direitos humanos, atualmente reformulado por uma espécie de "cartilha" chamada PNDH-III, está em vias de aprovação afim de colocar o Brasil dentro daqueles que estão, conjuntamente, preparando a constituição e estabelecimento da chamada Nova Ordem Mundial. Na verdade, será um regime de "ditadura" em plena democracia. Eu, particularmente, enxergo o PNDH-III, como uma continuação do último decreto dos militares, o AI-5, na ditadura militar do Brasil, sendo o que chamei "AI-6", porém, este, não militar e com um regime ditatorial muito subliminar em relação aos conceitos comunistas, que está sendo implantado sorrateiramente no Brasil. Certamente, o Brasil poderá ser, num futuro muito próximo, uma  mescla de China com Cuba.


Por Dermeval Reis Junior
Estudioso em Filosofia e Teologia
Cientista em Medicina
e-mail: drj.fcr.epm@hotmail.com

sábado, 25 de fevereiro de 2012

SEQUÊNCIAS INTERNAS DO TELÔMERO: ACIDENTES DE EVOLUÇÃO OU DE CARACTERÍSTICAS DE CONCEPÇÃO FUNCIONAL

por: Jeffrey Tomkins, Ph.D. * - Tradução: Dr. Dermeval Reis Junior - CRBM1  -  8102

A equipe de investigação das ciências da vida do ICR tem recentemente focado seus recursos no nivelamento do sistema encontrado na ponta do telômero do cromossomo em células de plantas e animais, que fornece uma variedade de características importantes para proteger as extremidades lineares dos cromossomos. O telômero é um mecanismo exclusivamente concebido à formas possíveis de células em seres superiores, ao contrário de bactérias de célula única que têm um cromossomo circular e bem mais simples (1). Para ser mais preciso, o telômero é uma estrutura especializada, que está diretamente relacionada com senilidade. A telomerase é a enzima de complexa estrutura que envolvem RNA, DNA e proteínas que têm características regulatórias dinâmica e estrutural. que coordena as funções do telômero, regulando o encurtamento progressivo das cópias do DNA.
Muitos cientistas foram surpreendidos quando as sequências curtas de telômero começaram a ser descobertas em regiões internas dos cromossomos. Eles pensavam que estas sequências eram compostas de erros genéticos e não serviam para finalidade alguma(3).Eles pensavam que as longas sequências internas do telômero podiam ser perigosas e tentaram associá-las com doenças, como câncer e quebras cromossômicas.
Entretanto, pesquisas anteriores mostraram que estas anomalias foram primeiramente associadas com outras sequências que foram fisicamente restritas às sequências longas do telômero e não havia o que fazer com sua presença (4). Assim, outros estudos mostraram  que a presença de sequências do telômero dentro das sequências das regiões internas do cromossomo, afetam a expressão gênica por alterarem a conformação tridimensional das propriedades do DNA (5).
Como é típico do paradigma evolucionista, os cientistas começam com a premissa de que as regiões internas dos telômeros extensos foram uma aberração acidental natural, interrompendo o genoma e muito provavelmente associado à doenças  Também, muito típico do paradigma evolucionista, à despeito desta aproximação negativa, os evolucionistas concluíram que estas estruturas tem funções com certas finalidades no genoma.
O ICR está tentando caracterizar mais especificamente as sequências longas de telômeros internos e a geração de um quadro mais compreensível destes sítios no genoma humano. Alguns softwares foram desenvolvidos para escanear por inteiro os cromossomos e identifica-los e caracterizá-los nas suas longas sequências internas de telômero (6). Os dados preliminares do ICR indicaram que são mais de dez milhões destes estão contidos nos cromossomos (não inclui os terminais dos telômeros); Nós estamos atentando para identificar estas longas sequências e ver qual tipo de padrão genômico eles se arranjam.
Talvez estas longas sequências sejam necessárias para ajudar a controlar o arranjo do DNA contido no núcleo celular. A sequência TTAGGG repete formas como tipo específico  único de uma estrutura quadrúplex e a sequência do telômero pode ser crítica como recurso funcional no auxílio para determinar a própria estrutura tridimensional do genoma. Talvez, as sequências repetidas por meio das regiões internas dos cromossomos sejam parte fundamental no desenvolvimento geral da criação.


Referencias
  1. For a thorough review on telomere biology, see Tomkins, J. P. and J. Bergman. 2011. Telomeres: implications for aging and evidence for intelligent design. Journal of Creation. 25 (1): 86-97.
  2. Ibid.
  3. Lin, K.W. and J. Wan. 2008. Endings in the middle: current knowledge of interstitial telomeric sequences. Mutation Research. 658 (1-2): 95-110.
  4. Ibid.
  5. Revaud, D. J. et al. 2009. Sequence-driven telomeric chromatin structure. Cell Cycle. 8 (7): 1099-1100.
  6. Tomkins, J. 2011. Ongoing Telomere Research at Odds with Human-Chimp Chromosome 2 Model. Acts & Facts. 40 (11): 6.
  7. Keim, B. The Human Genome in 3 Dimensions. Wired Science. Posted on wired.com October 8, 2009.
* Dr. Tomkins is Research Associate at the Institute for Creation Research and received his Ph.D. in Genetics from Clemson University.


Matéria traduzida e postada por:

Dr. Dermeval Reis Junior - Biomédico - CRBM1  -  8102 - Cientista e Teólogo
drjfcrepm@yahoo.com.br 

sábado, 18 de fevereiro de 2012

A PARTE OCULTA DA HISTÓRIA E CULTURA DO CARNAVAL


Um relato histórico afirma que o carnaval originou na Grécia em meados dos anos 600 a 520 a.C., outro, que a festa carnavalesca surgiu a partir da implantação, no século XI, da "semana santa" pela Igreja Católica, antecedida por quarenta dias de "jejum", a tal "quaresma", um costume pagão. Com exceção das contradições temporais, esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a quarta-feira de cinzas, o primeiro dia da quaresma acaba por nos trazer aos fatos históricos e culturais atuais. A palavra "carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne - leia-se para o tempo atual, promiscuidade, sexo indiscriminado, uso de drogas, venda de drogas, bebidas, farras, vandalismo, etc... - marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis" em latim significa carne e "valles" significa prazeres. Há relatos de que na Idade Média, o carnaval passou a ser chamado de “Festa dos Loucos”, pois o folião perdia completamente sua identidade cristã e se apegava aos costumes pagãos. Na “Festa dos Loucos”, tudo passava a ser permitido, todos os constrangimentos sociais e religiosos eram abolidos. Disfarçados com fantasias que preservavam o anonimato, os “cristãos não-convertidos” se entregavam a várias licenciosidades, que eram, geralmente, associadas à veneração aos deuses pagãos. No Egito, os rituais eram oferecidos ao deus Osíris, por ocasião do recuo das águas do rio Nilo. Na Grécia, Dionísio, deus do vinho e da loucura, da promiscuidade e da homoafetividade, era o centro de toda as homenagens, ao lado de Momo, deus da zombaria. Em Roma, várias entidades mitológicas eram adoradas a começar por Júpiter, deus da orgia, até Saturno e Baco - este último, é o Dionísio, portanto, com os mesmos atributos. Através dessa festa os gregos realizavam seus cultos em agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo e pela produção. Passou a ser uma comemoração adotada pela Igreja Católica em 590 d.C.. É um período de festas regidas pelo ano lunar no cristianismo da Idade Média. O período do carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou do latim "carne vale" dando origem ao termo "carnaval". Durante o período do carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Erwin Rohde, um colega de Nietzsche, interpretou a transformação de Dionísio de um irreverente deus das folganças num ente oficioso, à interferência de um outro deus: Apolo, o deus Sol. Sendo este uma divindade do Estado, ele não podia permitir que aquela subversão dos costumes ficasse solta pelos campos a provocar loucuras, incitando os pobres à desordem e ao deboche. Apolo então atraiu Dionísio para dentro da cidade com ofertas mil, e, como sócio maior, domou-o. Em Roma, com as saturnais, as incríveis e desregradas festas populares que se davam em dezembro, deu-se praticamente a mesma história. Em Veneza ou em Nova Orleans, em Salvador da Bahia ou no Rio de Janeiro, o deus bastardo da bebida e do atrevimento, tornou-se amansado pela política envolvente do deus do Sol, Apolo. O carnaval brasileiro, trazido pelos portugueses no século XVII com o nome de entrudo, é um herdeiro direto das "bacantes" e das saturnais greco-romanas. E, pode-se dizer, ao longo desses três séculos em que tornou-se na maior festa popular do Brasil, percorreu a mesma trajetória de acomodação dos seus antecessores. A plebe colonizada imediatamente aderiu ao entrudo como um imperdível momento de inverter, ainda que simbolicamente, o mundo desgraçado em que vivia. Naqueles dias tão aguardados, quando a troça assumia ares de majestade, nenhum fidalgo ou pomposo qualquer, nada que fosse solene, oficial ou sublime, escapava da mordacidade dos festeiros do rei Momo (deus pagão menor que presidia os festejos carnavalescos em Roma, em caráter de zombaria). Caíram na armadilha de Apolo. Para exibirem-se ao grande público precisavam de dinheiro, que, como se sabe, só se encontra nos bolsos dos figurões, públicos ou privados. Impedidos moralmente de ridicularizarem ou glosarem os patrocinadores que os mantêm e amparam, os sambas-enredo - expressão musical do Dionísio acomodado de hoje -, esvaziados da irreverência e da gostosa safadice, não dizem mais nada. Comumente a cantoria é só elogio e reverência, quando não propaganda aberta de quem financiou o desfile. O luxo das fantasias e a parafernália dos alegóricos cerceia qualquer gesto mais solto, espontâneo ou original, liberando-se apenas a sensualidade, exposta em nichos especiais, não mais acolhendo o elemento de contestação divertida. O resultado disto é a mesmice. Quem assiste a um só desfile de escola de samba - ainda que reconhecendo estar frente a um dos maiores espetáculos populares da Terra - viu a todos, os que passaram e os que ainda virão.

Autor: Dermeval Reis Junior
Estudioso em Teologia e Filosofia
Cientista em Medicina
drjfcrepm@yahoo.com.br

Fontes de pesquisa
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/500br/carnaval2.htm; 
http://pt.wikipedia.org/wiki/Carnaval;
http://www.facebook.com/jrpedroza - por Jacklen Dantas.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

MANIFESTO PELA DECÊNCIA NO MEIO EVANGÉLICO

Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque eles serão fartos. (Mt:5:6)

DIGA NÃO aos cachês absurdos cobrados por bandas, cantores e pregadores evangélicos! Shows de qualidade não justificam enriquecimento às custas do povo de Deus! O obreiro é digno do salário, não de cachês milionários. (Lc 10.7)

DIGA NÃO às exigências mirabolantes de muitas bandas, cantores e pregadores evangélicos! É preciso lembrá-los de que não são estrelas, mas servos. Servos não exigem hotel de luxo, aparelhagem da marca mais cara, etc. (Mt 10.24)

DIGA NÃO à falta de transparência das finanças em muitas igrejas! Nada mais saudável que os membros terem acesso aos relatórios financeiros de sua comunidade e denunciarem irregularidades, quando houver (1Pd 5:2).

DIGA NÃO aos gordos salários de muitos pastores e músicos pagos pela igreja! Não é justo um pastor ganhar salário de executivo, enquanto a maior parte de suas ovelhas vive com orçamento apertado, e enquanto tantos missionários apenas sobrevivem por falta de apoio das igrejas que alegam falta de recursos (Tito 1:7).

DIGA NÃO à ganância de muitos pastores que outrora não apoiavam o ministério feminino, mas que "interesseiramente" mudaram de opinião quando perceberam que suas esposas podiam ser pastoras e receber um salário da igreja! O ministério (feminino e masculino) é para vocacionados e não para interesseiros (1Co 13.5).

DIGA NÃO à ganância de muitas gravadoras, editoras e outras empresas evangélicas que comercializam a Palavra de Deus! Há muitos empresários mercenários no chamado "mercado evangélico" que pouco se importam em tornar o Evangelho acessível às pessoas, tendo lucros exorbitantes (Mt 10.8 e Lc 10.7).

DIGA NÃO ao uso e comércio de "amuletos" em muitos cultos evangélicos (objetos que supostamente trazem a bênção de Deus ao fiel)! Além de gerar uma fé cega em meros seres humanos, esses amuletos fazem as igrejas voltarem à Idade Média em que supostos "pedaços da cruz de Cristo" eram comercializados (Lc 19.46).

DIGA NÃO ao uso dos fiéis evangélicos como massa de manobra política pelos líderes denominacionais que cedem seus púlpitos como palanques eleitorais! Nenhum cristão deve ser coagido a votar em quem quer que seja. Isso não faz parte da Grande Comissão (Mt 28.19,20).

DIGA NÃO aos shows e eventos evangélicos que "pipocam" em época de eleição para dar visibilidade a certos candidatos e servir de "showmício"! Se o objetivo desses shows é promover a glória de Deus porque seus produtores só os promovem em época de eleição? (1Co:10:24)

DIGA NÃO à politicagem e falcatruas feitas para expandir ministérios, envolvendo sonegação, "venda de votos", uso irregular de dinheiro público e documentos falsos, na compra de TVs e de templos! Somos chamados a sermos exemplos de integridade (2Co 8:21; 1Pe 2.12).

DIGA NÃO ao desejo de status de muitos cantores, músicos e pregadores, que colocam em segundo lugar o desejo de servir a Deus, e usam a igreja como trampolim para a fama! Antes de incentivar alguém a gravar CD ou pregar na TV, deve-se colocar à prova seu testemunho cristão na igreja local (1Tm 3.6,8).

DIGA NÃO à falta de pastoreio de muitas bandas e cantores evangélicos! Nenhum cantor está isento do compromisso numa igreja local, e muitos escândalos seriam evitados se eles fossem pastoreados (Heb 10:25).

DIGA NÂO à pastores que falam contra desenhos animados, jogos de RPG, livros ou filmes "da moda" apenas para se promoverem. (1Tm 3.6,7)

DIGA NÃO ao desinteresse crescente pela oração, pelo estudo da Bíblia e pelo compromisso numa igreja local! Não podemos perder as bases da vivência cristã. Cultos televisivos não substituem a vida na comunidade (Atos 2.42, Rom 15.5-7).

DIGA NÃO à falta de unidade das igrejas evangélicas em muitas cidades, patrocinada por interesses mesquinhos de muitos líderes mais interessados no seu próprio "império" do que no Reino de Deus! Muitas ações conjuntas deixam de ser feitas, e enquanto igrejas urbanas esbanjam dinheiro, muitos missionários e pastores passam dificuldades no interior do país (João 13.35 e 17.21).

É hora de dar uma basta nisso tudo!

Esses pecados no meio da igreja devem ser combatidos! (2 Tm 4.7)

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SE VOCÊ TEM PARTE EM ALGUM DESSES ERROS: Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras; quando não, brevemente a ti virei, e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres (Apocalipse:2:5).


Autor: Cleber Cabral Siedschlag
Fonte: [ www.eldebbio.multiply.com ]
Via: [ Caminhando na Graça, de graça! ]